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Diagnóstico tardio de neurodivergência: por que pode ser tão libertador?

  • Foto do escritor: Claudia Guglieri
    Claudia Guglieri
  • há 2 dias
  • 1 min de leitura
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Cada vez mais observo o quanto receber um diagnóstico de neurodivergência pode ser profundamente libertador para muitas pessoas, mesmo quando chega apenas na vida adulta.


Claro que não devemos romantizar o processo. A notícia, num primeiro momento, costuma vir acompanhada de um misto de alívio, surpresa, confusão e até luto.


É comum ouvir frases como: Então era isto… foi por isto… agora tudo faz sentido.” Afinal, muitos começam a reconhecer, pela primeira vez, as raízes de sentimentos, pensamentos, comportamentos e desafios que antes pareciam “estranhos”, exagerados ou simplesmente inexplicáveis.


Ao mesmo tempo, não podemos ignorar que o diagnóstico ainda carrega ecos de antigas visões patologizantes, onde “rótulos” eram associados a limitações rígidas e identidades reduzidas. Por isso, é frequente que surjam medos: 

• Como vou lidar com isto? 

• O que muda na minha vida? 

• Devo contar às pessoas próximas? E no trabalho? 

• Será que vão olhar para mim de outra forma?


Essas dúvidas são naturais. Fazem parte do processo de reorganização interna que o diagnóstico provoca, um novo entendimento de si, da própria história e das possibilidades daqui para a frente.


Por isso, acredito com firmeza que, ao receber um diagnóstico de neurodivergência, o ideal é ter o acompanhamento de um profissional especializado. Alguém que possa ajudar a integrar esta nova informação de forma respeitosa, ampliando a compreensão de si e apoiando o caminho que se abre. Assim, o diagnóstico deixa de ser um peso e torna-se uma ferramenta de autocuidado, escolha e autenticidade, um ponto de partida para uma vida mais consciente e possível.


Fica o convite!


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