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Em busca de Amor e Aceitação

Atualizado: 9 de dez. de 2020


É muito interessante observar o quanto alguns temas se repetem no consultório. Na semana passada, vários estavam relacionados a abandonos pessoais em função da busca de amor. Não que isso aparecesse de forma explicita... eu percebo no pano de fundo de inúmeras situações vividas pelas pessoas que acompanho.

Lembrei da provocação do querido Walter Ribeiro na apresentação do livro "O drama da criança bem dotada", de Alice Miller. Pensei em como a mensagem dele está presente em nossas vidas sem que nos demos conta:


Necessitamos de amor como de ar e, para obtê-lo, renunciamos ao nosso próprio processo de desenvolvimento como indivíduos únicos e irrepetíveis, e nos massificamos através das repetição de papéis socialmente desejáveis, especialmente aqueles papéis que sentimos que irão garantir o amor de nossos pais ou dos adultos cuidadores que nos têm como responsabilidade”.

Se paramos para olhar para nós, nas nossas relações, logo perceberemos o quanto deixamos de lado os nossos desejos para termos retornos e aceitação de outras pessoas. Um aprendizado que pode ter sido experimentado com bastante vigor na infância, quando estávamos em busca do amor dos pais, dos amigos, de pessoas importantes.

Na terapia podemos, aos poucos, ir reconhecendo nossas reais necessidades e ver como é possível caminhar para elas, equilibrando com as necessidades do meio em vivemos. Vamos entendendo e reconhecendo que podemos ser nós mesmos e continuarmos sendo amados, valorizados e respeitados. Acredito que quando uma pessoa está em relações saudáveis, percebe que não precisa se abandonar. Mas isso depende dela mesma.

Tenho falado bastante em "se amar", parece até piegas dito desta forma. Mas se aceitar e aprender a gostar de si é um dos importantes passos para se libertar dos abandonos pessoais, em busca do amor dos outros. Pense nisso!


Não duvide do valor da vida, da paz, do amor, do prazer de viver, em fim, de tudo que faz a vida florescer. Mas duvide de tudo que a compromete. Duvide do controle que a miséria, ansiedade, egoísmo, intolerância e irritabilidade exercem sobre você. Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável. Sábio é o ser humano que tem coragem de ir diante do espelho da sua alma para reconhecer seus erros e fracassos e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno de sua inteligência. Ser livre é não ser escravo das culpas do passado nem das preocupações do amanhã. Ser livre é ter tempo para as coisas que se ama. É abraçar, se entregar, sonhar, recomeçar tudo de novo. Mas, acima de tudo, ser livre é ter um caso de amor com a própria existência e desvendar seus mistérios.(Angusto Cury)
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